Foguete HANBIT-Nano explode após decolagem no Maranhão

Na noite da última segunda-feira (22), o foguete sul-coreano HANBIT-Nano explodiu minutos após decolar na Base de Alcântara, localizada no Maranhão. Este evento marcou o primeiro voo comercial a partir de uma base brasileira, utilizando um veículo não tripulado.

O foguete da Innospace foi lançado às 22h13. De acordo com a Força Aérea Brasileira, o HANBIT-Nano apresentou uma anomalia que resultou em sua colisão com o solo. Como medida de resposta, equipes do Corpo de Bombeiros e da FAB foram destacadas para o local do acidente com o objetivo de investigar os destroços. A Innospace também está conduzindo uma análise para identificar as causas do incidente.

Atrasos e problemas técnicos anteriores

O lançamento do HANBIT-Nano enfrentou uma série de adiamentos antes de finalmente ocorrer. Inicialmente programado para novembro, o voo foi remarcado para 17 de dezembro devido a problemas técnicos, e novamente para 19 de dezembro após a identificação de outra anomalia, antes de ser transferido para a data final desta segunda-feira.

"O foguete da empresa Innospace partiu às 22h13 e, segundo comunicado da Força Aérea Brasileira (FAB), sofreu uma 'anomalia que o fez colidir com o solo'."

O foguete possuía 21,8 metros de comprimento e um peso de 20 toneladas. A missão incluía levar ao espaço vários satélites e dispositivos experimentais, desenvolvidos em colaboração entre Brasil e Índia. Dentre os oito itens carregados, estavam cinco pequenos satélites que seriam posicionados em órbita terrestre.

Esforços internacionais e colaboração

A operação envolveu esforços internacionais significativos, destacando a parceria entre Brasil e Coreia do Sul no desenvolvimento e lançamento de tecnologia espacial. A Base de Alcântara, considerada estratégica devido à sua posição geográfica, foi escolhida para o lançamento, buscando impulsionar o setor espacial brasileiro.

Foram mencionadas informações sobre a revisão contínua de procedimentos e cooperações entre os países envolvidos, embora alguns atrasos já tivessem sido notados antes do incidente final.

O setor espacial brasileiro continua buscando avanços e se recupera rapidamente diante dos desafios enfrentados. Este incidente se soma ao histórico de desenvolvimentos necessários para garantir segurança e eficácia em lançamentos futuros.