Quarta, 23 de Julho de 2025
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou nesta terça-feira (22) o pedido da defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, para anular a investigação que apura a suposta participação do atleta em um esquema de manipulação de apostas na internet (bets).
A defesa do jogador alegava que o caso deveria ser conduzido pela Justiça Federal, e não pela Justiça do Distrito Federal.
Em junho deste ano, Bruno Henrique foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
Na decisão, o ministro Joel Ilan Paciornik do STJ afirmou que o habeas corpus não é o instrumento adequado para avaliar a competência para julgamento do caso.
“O habeas corpus não é cabível para reexame de prova ou para questões que não afetam diretamente a liberdade de locomoção, como a definição de competência sem reflexo no direito de ir e vir”, decidiu o ministro.
O jogador é investigado por ter forçado um cartão amarelo no jogo contra o Santos, no Campeonato Brasileiro de 2023, em Brasília, para beneficiar parentes que realizavam apostas. Além do atleta, amigos e familiares também foram denunciados pelo Ministério Público.
No ano passado, Bruno Henrique foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e o MPDFT, com cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão.