Sábado, 26 de Julho de 2025
A bandeira vermelha na conta de luz e reajustes de tarifas em cinco capitais pressionaram o bolso do brasileiro em julho, fazendo com que a prévia da inflação ficasse em 0,33%, acima do registrado em junho (0,26%).
Ao mesmo tempo, o preço dos alimentos - um vilão da inflação nos últimos meses - caiu pelo segundo mês seguido, ajudando a segurar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA-15 acumula 5,3% nos últimos 12 meses, acima da meta do governo, que tolera até 4,5%. Em julho de 2024, o IPCA-15 tinha sido de 0,30%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, cinco tiveram alta em julho.
Apesar de ter sido o maior impacto de alta na prévia da inflação, a subida de 0,98% do grupo habitação desacelerou ante junho, quando marcou (1,08%). Agora em julho, o grupo foi pressionado pela energia elétrica residencial, que subiu 3,01%, sendo o subitem com maior impacto positivo de todo o IPCA-15.
Depois de terem recuado 0,02% em junho, os alimentos caíram novamente em julho, desta vez, 0,06%. As quedas da batata-inglesa (-10,48%), cebola (-9,08%) e arroz (-2,69%) foram as que mais puxaram para baixo o resultado.
No grupo transportes, a alta de 0,67% foi impulsionada pelas passagens aéreas, que subiram 19,86% (impacto de 0,11 p.p.) e pelos serviços de carros de aplicativo ((14,55% e 0,03 p.p.).
O IPCA-15 tem basicamente a mesma metodologia do IPCA, a chamada inflação oficial, que serve de base para a política de meta de inflação do governo: 3% em 12 meses, com margem de tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos.